Análise

Análise: Eu não sou um homem fácil

“Não se nasce mulher: torna-se mulher” (Simone de Beauvoir)

Acompanhando o movimento feminista que vem crescendo e ganhando voz ao redor do mundo, a Netflix lançou, um tempinho atrás, o filme Eu Não Sou Um Homem Fácil, onde mostra uma realidade invertida invertida. Com uma pegada leve e humorística, o filme nos leva a refletir: e se os homens vivessem o que as mulheres vivem?

• Atuação: Assim como os mexicanos, sempre achei que os franceses e italianos atuassem de maneira exagerada, porém, esse tipo de atuação foi o que deu um ar cômico no filme e, ao mesmo tempo, deixava bem claro as críticas que cada cena trazia.

• Fotografia: Não há grandes tomadas da paisagem em si, sempre os cortes iam para cenas em que os atores estavam participando.

• Maquiagem e figurino: Isso sim me impressionou, estava tudo perfeito! Cada detalhe, desde o quadro na parede até os comerciais nas tvs. E os figurinos? Investiram muito nisso, colocando os atores completamente fora de suas áreas de conforto.

• Cenário: O cenário foi outra coisa maravilhosa, gostei de ver que cada detalhe foi pensado com uma extrema ironia, querendo colocar o expectador realmente para refletir, era como se quisessem dizer: “Olha só, eu não sou um filme de comédia qualquer”. A crítica por traz da obra não foi deixada de lado em nenhum segundo e agradeço a Netflix por isso.

• Eventos: A história não tem muito segredo, pôde-se dizer que é uma história bastante comum para nós, mulheres, infelizmente. Contudo, olhar esses eventos pelos olhos que a Netflix nos ofereceu é totalmente inovador e libertador, como se dissessem para nós: estamos com vocês, te entendemos.

O filme em si não tem muito segredo, mas carrega consigo um valor e tanto. Espero que a Netflix mantenha esse filme um bom tempo no catálogo porquê no meu ver a obra é aquela cutucadinha de leve naquelas pessoas que não se tocaram ainda que lugar de mulher é onde ela quiser!

Deixe um comentário